Com as chances de acesso cada vez mais reais, o torcedor rubro-negro já tem idealizado um cenário de mudanças no clube. A sensação é de que o Vitória hibernou por anos, estando longe da série A, e agora está acordando de um sono profundo, e vendo que o mundo do futebol mudou muito e o sistema da primeira divisão reúne times “endinheirados”.
Temos muitos exemplos na série A, de clubes que aderiram ao modelo SAF (Sociedade Anônima do Futebol). Um modelo que ficou muito famoso após o sucesso do Bragantino e sua eventual compra pela Red Bull. Posteriormente, o Botafogo também tem colhido frutos de uma compra bem sucedida pelo milionário John Textor, e inclusive existe um determinado time aqui da nossa terra, que também aderiu a este modelo, mas em seu caso, não tem gerado frutos como se esperava. Logo, fica a grande pergunta: o Vitória deve ou não aderir a esse modelos?
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Na minha opinião, NÃO, mas também reconheço o lado positivo que muitos apresentam quando o assunto é SAF. De cara, o dinheiro, obviamente se torna o maior objetivo de todo esse trâmite, e de fato, hoje o futebol é movimentado por cifrões. Para se estar na série A, precisa-se investir bem, e a verba é fundamental para a montagem de um elenco de peso. Outro ponto positivo é a visibilidade, o time que adere a este modelo, se torna bem notado, “badalado”, e a visibilidade também movimenta dinheiro.
Porém, a de se observar que o recurso em si não é sinônimo de que o Vitória irá entregar um bom futebol caso venha a aderir ao modelo SAF. Quando você vende algo a alguém, automaticamente esse algo fica sobre a tutela e ordem de quem o comprou, logo, as decisões no Vitória não levariam em consideração primordial o desejo de sua torcida, que passaria para segundo plano e a qualquer sinal de erro na gestão, a torcida fica tolhida de intervir diretamente em causas como desempenho e falta de títulos.
Em geral, em contratos como esses os financiadores, ou compradores, tomam posse de mais do que 50% das ações do clube. Outro fator, são as escolhas dos componentes de elenco, e como eu já disse aqui, o dinheiro não é sinônimo de bom futebol, e corremos o risco de ver o Vitória investir caro em algumas peças que não rendem futebol, como está acontecendo com determinados clubes da série A.
Devemos tomar por base, um bom exemplo de administração que não aderiu a SAF ainda, embora estude essa possibilidade, que é o do Fortaleza. Até aqui, o Leão do Pici não precisou aderir a SAF para fazer uma boa administração, e para ter resultados, é necessário que a diretoria entenda tanto de cifras quanto de futebol, e este segundo é o que de fato garante a estadia do clube por anos na divisão principal. Tendo em vista isso, acredito que o Vitória deve seguir seu modelo de trabalho com o básico, fazendo o seu “feijão com arroz”, e atrelado ao futuro, devemos também pensar no agora e o agora pede que tenhamos fico na série B 2023.
Falando nesta, amanhã tem jogo do leão, a partida será as 19h no estádio Castelão em São Luís do Maranhão, contra o Sampaio Corrêa, e se tudo der certo, o Vitória tem uma alta probabilidade de sair de lá com 99% de chance de acesso. Boa sorte pro leão, saudáveis rubro-negras e um bom fim de semana.
Texto escrito por: Isaac Alves.
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