Partidas do Brasil contra Chile e Peru serão decisivas para o futuro da seleção na Copa do Mundo FIFA 2026

Após oito jogos, o Brasil está em quinto lugar nas eliminatórias sul-americanas pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, que será realizada nos Estados Unidos, Canadá e México, a partir de 11 de junho de 2026. Após uma série de resultados insatisfatórios, a seleção brasileira terá no ataque três jogadores do Real Madrid na esperança de fortalecer o time para as duas próximas partidas das eliminatórias, contra o Chile em 10 de Outubro, e contra o Peru, no dia 15 de Outubro.

O técnico Dorival Júnior incluiu sete atacantes em seu elenco anunciado recentemente, com Vinicius Júnior, Rodrygo e Endrick do Madrid, jogadores que agora carregam a responsabilidade de mudar a maré inédita de perdas da seleção brasileira. O Brasil enfrenta os times com os piores resultados das eliminatórias e necessita de seis pontos para a classificação para a Copa do Mundo de 2026. 

Neymar, o experiente atacante que hoje vive na Arábia Saudita contratado pelo Al Hilal, era aguardado para compor o time, mas ainda se recupera de uma lesão no joelho que sofreu em 2023 e continua fora da seleção. O técnico Dorival Junior afirmou em entrevista coletiva que aguarda sem ansiedade pela recuperação do atacante, pois entende que Neymar ainda pode levar meses para sentir-se confiante e curado para entrar nos gramados.


O time e a comissão técnica já estão concentrados em São Paulo desde 7 de Outubro. A seleção brasileira utiliza o Centro de Treinamento Joaquim Grava, do Corinthians, para facilitar a logística da equipe, já que o centro é próximo ao Aeroporto Internacional de Guarulhos. A localização foi escolhida por oferecer a facilidade de deslocamento dos atletas e permitir mais tempo para treinar. Após dois dias de preparação em São Paulo, a equipe embarca para o Chile, onde acontece o jogo do dia 10 de Outubro. Os Chilenos terão a vantagem de jogar em casa, na capital Santiago, no estádio Nacional de Chile.

Momento decisivo

O Brasil é conhecido como o país do futebol não só em casa. Em todo o mundo, o país é considerado um celeiro de talentos e com mais títulos e tradição no esporte. Apesar das dificuldades enfrentadas, o Brasil ainda é favorito nos rankings de sportingbet para o Mundial de 2026. 

Em Setembro, após três jogos sem vitória e com um desempenho abaixo da média na vitória por 1×0 sobre o Equador, o time ainda perdeu por 1×0 para o Paraguai dias depois. Sendo questionado e criticado negativamente desde que foi eliminado pelo Uruguai nas quartas de final da Copa América em Julho, o time já soma quatro jogos perdidos nas eliminatórias, deixando torcedores e especialistas preocupados com seu desempenho.

A partida contra o Equador foi antecedida pela pior sequência de eliminatórias do Brasil da história: das oito partidas que disputou até agora, venceu apenas três. Empates contra times como o da Venezuela, somados a derrotas para Uruguai, Colômbia, Argentina, e Paraguai colocam o time em uma posição desconfortável. A equipe ocupa atualmente a sexta colocação, a última que garante classificação direta para a Copa do Mundo.

A possibilidade de o Brasil não se classificar para a Copa do Mundo de 2026 é inédita e chocante tanto para os fãs quanto para os analistas de futebol. Afinal, este é o único time que jogou em todos os torneios desde que a Copa do Mundo começou em 1930, com um recorde único de cinco títulos ganhos. Mas a realidade atual deixou até os mais otimistas preocupados. O time parece equipar-se em técnica e experiência com times sem tanta expressão e tradição no futebol, e não conseguiu apresentar ainda um futebol no nível esperado por uma seleção brasileira.

Território desconhecido

Para um time acostumado a dominar as eliminatórias para a Copa do Mundo, o Brasil atravessa um verdadeiro pesadelo. Algumas mudanças no cenário do esporte mundial tem virado o jogo para países que, antes, não tinham expressividade no esporte. A globalização do esporte resultou em jogadores de classe mundial vindos de forma mais consistente de nações futebolísticas de segunda divisão, estreitando o abismo de qualidade entre as equipes, antes considerável.

O Brasil pode perder uma final da Copa do Mundo por 7×1 para a Alemanha. Os Estados Unidos podem ser humilhados contra o Panamá e não conseguir avançar da fase de grupos da Copa América em casa. A Itália pode perder duas Copas do Mundo consecutivas. Quando resultados como esses pegam os espectadores completamente desprevenidos, isso tem mais a ver com o legado do esporte do que com o crescente estado de paridade do futebol internacional. 

Em teoria, esse fato só deve levar as nações futebolísticas mais famosas a se adaptarem e ficarem à frente da curva. Inglaterra e França são dois exemplos óbvios; a Argentina teve que corrigir o curso no meio da carreira internacional de Lionel Messi e teve uma ótima sequência após o ajuste. A Espanha passou de uma década de firme comprometimento e venceu o Campeonato Europeu.

Por uma série de razões, no entanto, o Brasil não tem estado tão ansioso para abandonar a tradição. Nenhuma seleção nacional está mais intimamente associada à forma como o esporte deve ser praticado, como a Brasileira. O Brasil anseia por apostas fáceis, desejando uma seleção capaz de inspirar corações e mentes, ganhar troféus e mostrar ao mundo um nível de futebol que outros não poderiam sonhar em igualar.

Embora ainda produza jogadores de classe mundial com regularidade, simplesmente ter um sucessor óbvio na linhagem de Pelé, Ronaldo, Ronaldinho, Kaká e Neymar não é suficiente para superar essas deficiências.

Nova geração

No entanto, como os Brasileiros são otimistas por natureza, é justo que a seleção tenha um crédito em nome das novas gerações de talentos. Jogadores como o craque Vini Jr., Endrick e Estêvão do Real Madrid parecem estar equipados para elevar o nível das partidas e trazer esperança para que o Brasil possa recuperar sua forma em campo.

A seleção está formada por alguns jogadores com talento inquestionável. Alisson demonstra ser o melhor goleiro, e Vinicius Junior é considerado um dos melhores atacantes do mundo. Endrick, de 18 anos, já marcou importantes gols no Real Madrid e pode de fato ser o líder de linha de ponta que o programa perdeu por duas décadas. Neymar Júnior declarou que Rodrygo do Real Madrid é um dos cinco melhores jogadores do mundo, e foi Rodrygo quem fez a diferença para o Brasil na vitória vital sobre o Equador, pondo fim a uma sequência de três derrotas nas eliminatórias. 

Com esses jovens, formados nos principais clubes do mundo e agora vestindo a camisa amarela, o time pode usar o equilíbrio entre experiência e juventude para retomar um futebol ofensivo, criativo e ousado que marcou a sua história. A seleção pentacampeã, que carrega o peso da tradição e de uma popularidade nunca alcançada nem pelo país que criou o esporte, a Inglaterra, enfrenta uma responsabilidade sem precedentes.  A pressão sobre os jogadores e Dorival Júnior é grande para que ele consiga ultrapassar as dificuldades e encerrar as eliminatórias com melhores resultados e confiança no time.