A eliminação do Vitória pelo para o Náutico na noite da última quarta-feira foi um verdadeiro “tapa na cara” da diretoria rubro-negra. E não é dizer que a torcida está agindo como engenheiro de obra pronta, pois até quando a invencibilidade estava mantida, todos reclamavam sobre as nítidas deficiências no elenco. O desespero por um camisa 9 para chegar e ser titular é a prova disso. Me recuso a acreditar que vocês da diretoria realmente acham que Janderson e Carlinhos são suficientes!
Eu estava na arquibancada do Barradão no jogo contra o time pernambucano e, por volta dos 15 minutos do segundo tempo, fui olhar o banco de reservas para ver se alguém tinha capacidade para mudar aquele cenário completamente inesperado. Confesso que foi desesperador! Tive um sentimento de que nada poderia ser feito por Carpini, que também merece críticas pela insistência em alguns atletas como Lucas Braga e, outrora, Carlos Eduardo, que não foi relacionado desde a desastrosa partida contra o Altos.

A sequência de decisões que este elenco do Vitória terá que enfrentar, passou a ser vista com menos “esperança” por muitos torcedores. Se nem alguns jogadores do time considerado titular passa total confiança, como vamos crer que as peças de reposição darão resultado? Como achar que o burocrático Ricardo Ryller poderá fazer alguma diferença, só por saber preencher os espaços?
Nas pontas, Gustavo Mosquito é o que mais vem tentando mostrar algo, mas não é o suficiente. O meio-campo parece um problema crônico, porque se Matheuzinho não tiver, parece que ninguém sabe o que fazer, pois Wellington Rato continua sem mostrar sua total capacidade. Aliás, está longe disso!

Fábio Mota escolheu Manoel Tanajura Neto, o Manequinha, para ser o diretor de futebol. É a primeira vez que o profissional exerce essa função, logo em um clube grande e ainda em reconstrução como o Vitória, em um ano de Série A e Copa Sul-Americana. O fato do clube ter tentado publicamente vários centroavantes e não ter conseguido, por exemplo, diz que algo precisa mudar.
O clube não teve a capacidade de trazer ninguém de fora do país! Seria o mais viável, já que o mercado brasileiro tem poucas opções e ainda inflacionadas. Apenas o Mirassol e o Flamengo (este porque quis) só contrataram jogadores brasileiros. De tanto Fábio Mota falar, todos têm ciência dos compromissos financeiros do clube, mas precisa haver mais coragem para contratar e para dispensar. O sarrafo está ficando alto! Espero que a derrota vergonhosa para o Náutico sirva, pelo menos, para isso. Vamos ver o que acontece até 11 de abril.

Nadson Barbosa | Salvador-BA
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