Por: Meu Vitoria
O presidente do Vitória, Fábio Mota, voltou a ser alvo de críticas e debates entre torcedores nas redes sociais, especialmente após a desistência na contratação do lateral-esquerdo Matías Sepúlveda.
A movimentação do clube no mercado, com negociações frustradas e especulações envolvendo nomes de peso, tem gerado desconfiança sobre a real estratégia da diretoria. No X (antigo Twitter), o torcedor Thiago Caldas compartilhou sua visão sobre o padrão de comportamento do clube no mercado.
Para ele, há uma estratégia recorrente: nomes difíceis e promissores são propositalmente “vazados” para criar a sensação de que o Vitória está disputando jogadores de alto nível. Segundo Caldas, “o que mais me impressiona são alguns torcedores validando esse absurdo ou culpando a imprensa… jogadores promissores e mais difíceis são propositalmente vazados para deixar uma sensação que o clube está mirando bons atletas”. Ele ainda citou como exemplos Ismael Díaz, Mastriani, Marinho, Tapia, Calebe e Sepúlveda.
Na sequência, ele contrapôs com nomes como Janderson, Lucas Braga, Fabri, Jamerson, Léo Pereira e Erick, jogadores que, segundo ele, chegaram ao clube “sem novela e vazamentos”. A insinuação é de que as novelas serviriam mais como cortina de fumaça do que como tentativas reais de contratação.
No entanto, a análise não passou sem contraponto. O jornalista Leonardo Santiago, que cobre o Vitória, rebateu a tese, destacando que o tempo de negociação não depende apenas da intenção do clube, mas também da concorrência e da situação de mercado. “Sem novela porque são jogadores que nessa janela não tiveram tantas propostas”, escreveu.
Leonardo ainda lembrou que mesmo contratações concretizadas como Rato, Gabriel, Baralhas, Halter e Kayzer também levaram tempo e enfrentaram entraves: “Rato demorou, Gabriel demorou, Baralhas foi o primeiro volante tentado, demorou e só veio depois do Campeonato Baiano começar, Halter demorou uma vida… esqueceram da novela dele e Hugo com o Botafogo que até contrato vazado teve?”.
O embate nas redes sociais escancara uma divisão crescente na torcida do Leão: de um lado, quem vê com ceticismo os movimentos da gestão Mota e os interpreta como estratégia de marketing; de outro, quem entende as dificuldades do mercado e defende que o clube está atuando dentro das suas possibilidades.
Em ano decisivo para o clube na Série A, a relação entre diretoria e torcida segue tensionada — e cada movimentação no mercado de transferências se transforma em mais um episódio dessa novela fora dos gramados.
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