Jair Ventura é apresentado no Vitória e projeta missão de evitar rebaixamento: “Não sou salvador da pátria”

Apresentado na tarde desta quinta-feira (25), Jair Ventura é o quarto treinador a comandar o Vitória em 2025. Experiente em batalhas contra o rebaixamento, o técnico assumiu a missão de manter o Rubro-Negro na Série A.

“Tenho totais condições, se não eu não viria. Eu acredito. Por isso eu vim”, declarou Jair em sua primeira coletiva no Barradão. “Não sou salvador da pátria. Os protagonistas são os atletas. Somos uma pequena peça dentro dessa máquina chamada Vitória. Venho motivado. Gosto de grandes jogos e desafios. (…) Rebaixamento é marca negativa na carreira de todos. O Vitória ir para a Série B é muito ruim na carreira deles [jogadores]”.

Especialista em reações

Buscando um nome com histórico de viradas, a diretoria encontrou em Jair Ventura o perfil ideal. O treinador lembrou momentos de superação que viveu em outros clubes: “Já vivi momento mais difícil. Temos que retomar a confiança, botar identidade o quanto antes”, disse.

Ele destacou a passagem marcante pelo Botafogo, em 2016: “Fui efetivado em 2016 com o Botafogo na zona de rebaixamento. Deram como primeiro time rebaixado. O Botafogo vinha de um momento delicado. E a gente fez um feito inédito. Primeira vez que uma equipe que entra na zona de rebaixamento no returno vai para a Libertadores. Acha que a gente teve dúvida? Teve. Mas a convicção foi maior”.

Jair também citou a experiência no Juventude: “Cada trabalho tem sua particularidade. Com o Juventude foi difícil pelo pouco tempo [11 jogos até o fim da Série A]. E a gente empata os dois primeiros jogos. E a gente conseguiu a arrancada. Já tive outras oportunidades de fazer isso em outros times, mas não fui porque não acreditava. Quando a gente aceita é porque acredita”.

Atualizado e cauteloso

Apesar de ter dirigido Goiás e Avaí em 2025, ambos na Série B, o técnico garantiu estar por dentro da Série A e do elenco rubro-negro: “A gente assiste aos jogos o dia todo. Quando a gente está em outra divisão é diferente. Vou completar dez anos [de carreira] agora. Só disputei duas vezes a Série B. Conheço a Série A, o elenco, nossos adversários. Tenho sete trabalhos em Série A. Adaptadíssimo para essa função”.

Sobre os problemas do time, Jair preferiu a discrição: “Seria pouco inteligente chegar aqui e mostrar pontos fracos. A gente não vai caçar vilão ou setores. Vai trabalhar para melhorar como um todo. Seria incoerente chegar aqui e falar dos jogos passados e identificar defeitos no trabalho deles [outros treinadores]. Não gostaria que fizessem comigo. São bons treinadores que passaram. Temos que aproveitar também o que foi bom, mas também não vou falar”.