Alan Santos revela gratidão e rasga elogios à torcida do Vitória em retrospectiva da temporada: “Não tem como comparar”

Alan Santos Vitória
Foto: Pietro Carpi/ECV

Vitória e Paysandu se enfrentaram no último sábado (24), no Estádio Leônidas Castro, em partida válida pela última rodada da segunda fase da Série C do Campeonato Brasileiro. Apresentando uma atuação heroica e superando uma falha em seu sistema defensivo, o Rubro Negro foi capaz de arrancar um empate pelo placar de 1×1, com gols de Genilson e Dionísio. Com a igualdade, os comandados de João Burse conquistaram o tão sonhado acesso à Série B ao encerrarem o quadrangular final na segunda posição, com nove pontos. O acesso, além de comemorado, foi alvo de comentários por parte do zagueiro Alan Santos, que fez questão de exaltar o papel da torcida nesta temporada.

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“Cara, eu não tenho que falar nada, só agradecer. Acho que, como atleta, tenho gratidão pelo que eles fizeram. A gente brigando para não cair, e eles lotaram aeroporto e estádio. É surreal, não tem como comparar o que eles fizeram. Vivi situações, em outros clubes, em que a torcida abandonou a gente, ficamos com estádio vazio. Aqui foi o contrário. Por merecimento, para alegria deles, tem que terminar esse ano com acesso. A torcida tem uma parcela muito grande de tudo que está acontecendo com o Vitória. Então, para a torcida, eu só tenho gratidão”, disse Alan Santos em entrevista exclusiva ao Globo Esporte, na qual elaborou uma pequena retrospectiva da temporada de 2022, relembrando os diversos momentos em que a torcida rubro negra demonstrou seu apoio à equipe.

Além de exaltar os torcedores, o atleta fez questão de pregar uma mensagem de paz nas arquibancadas, tendo em vista os episódios de violência em que torcidas organizadas do Vitória se envolveram neste ano. “Quero que os torcedores entendam que o futebol é o maior entretenimento do Brasil, é a alegria do brasileiro. Então rivalidade é natural, mas as pessoas têm que entender que não são inimigos. Os clubes são rivais, mas a gente não é inimigo. Tem profissional que trabalhou aqui que trabalhou lá, e profissional que trabalhou lá e trabalhou aqui também. Tem amigos com quem joguei em outros clubes, que fizemos amizades, que levei para minha casa. Dentro de campo, é prato de comida, eu tenho que ganhar. Só que, acabou o jogo, o respeito é mútuo. (…) Quando entra em campo, é questão de dignidade, de representar quem está na arquibancada. Só que as pessoas não entendem que não passa de rivalidade, as pessoas colocam clube como religião, criam inimigos. Se o cara escolheu outro time, a escolha é dele, vamos respeitar. Eu respeito o outro lado, a escolha de todo mundo. Futebol é família. Não é violência. É ter crianças no estádio”, pontuou.