Eu estive no Barradão na última partida contra o Criciúma e , além da frustração da derrota, pude perceber algo que me incomodou bastante no Vitória ao decorrer da partida: a dificuldade que o time tem de variar jogadas. Enquanto a equipe catarinense fazia o que queria ao atacar no primeiro tempo com triangulações até mesmo dentro da área, principalmente pelo lado de Zeca, o torcedor rubro negro sofria com a falta de repertório da sua equipe. Durante todo o jogo o Vitória só teve dois tipos de jogadas: ou Nem e Osvaldo tentando levar pro meio pra chutar ou as jogadas em profundidade para cruzamentos na área. A questão é que sempre perdíamos numericamente na área, algumas vezes até com apenas Tréllez entre quatro ou cinco defensores do Criciúma. Era praticamente impossível ganhar pelo alto dessa forma.
Opinião: Estratégia de jogo ou jogo covarde?
A arbitragem também foi fator determinante para atrapalhar o principal arma do Vitória: as bolas alçadas na área em cobranças de faltas. O árbitro FIFA Flávio Rodrigues de Souza deixou o jogo correr até demais, quando não marcava faltas claras principalmente a favor do Vitória. Talvez um árbitro FIFA não ache que jogo de Série B mereça tanto empenho assim para ficar marcando faltas a todo momento, não é mesmo?! Não que isso seja algo corriqueiro, mas foi um pensamento que me veio a cabeça para não afirmar que ele estava tentando nos prejudicar. Enfim, o rubro-negro pouco pôde usar essa “carta na manga”, a não ser em cobranças de escanteios que não surtiram efeito.
O curioso é que eu achava que o elenco era até inchado, que tinha uma quantidade grande de jogadores, mas no último domingo eu percebi é que precisamos de umas 4 ou 5 contratações que venham realmente ajudar, principalmente do meio pra frente (apesar do Vitória ter o melhor ataque da competição). Ao mesmo tempo, acredito que Léo Condé precise trabalhar outras jogadas simulando situações, pois com certeza as outras equipes agora sabem por onde o Vitória leva mais perigo. Pouquíssimos gols saíram de uma tabela pelo meio de campo até a área ou com um jogador saindo de cara com o goleiro, por exemplo. O que não pode é dependermos apenas de um ou dois tipos de jogadas para chegar ao gol em um campeonato de 38 rodadas. Com a janela de contratações chegando, a expectativa é que o elenco seja mais qualificado e é nisso que aposto minhas fichas para que o time não caia de produção.
Autor: Nadson Barbosa, 30 anos | Salvador-BA
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