Com um currículo recheado de acessos, Geninho é uma das esperanças do Vitória para salvar a temporada que mais uma vez começou em baixa, com eliminação precoce no Campeonato Baiano. A expectativa é começar com o pé direito já neste sábado, na abertura da Série C, contra o Remo, em Belém. Aos 73 anos e na 5ª passagem pelo Rubro-Negro, Geninho enxerga o clube com ambiente favorável para se reerguer.
“Tudo parece que está se encaminhando para que o Vitória tenha novos rumos. Antes de vir para cá, eu tive contato com amigos aqui dentro, que me passaram como as coisas estavam caminhando aqui dentro. Pelo período que estou aqui, estou vendo as coisas, uma vontade muito grande de todo mundo de reerguer o Vitória. As coisas parecem que estão andando de uma maneira certinha em termo de salário.”
“Hoje, você não vê nenhum funcionário reclamando aqui, jogador também. Era um assunto que era corriqueiro no Vitória. E esse assunto você não ouve mais aqui, assunto atrasado, de falta de compromisso. E existe uma expectativa nas pessoas de que as coisas se encaminhem bem. É um conjunto de coisas que nos levam a esse objetivo. E o apoio extracampo é fundamental”, afirmou.
“Eu sei as dificuldades que vou enfrentar, sei a dificuldade que é jogar a Série C, mas eu vim muito motivado. Enquanto eu tiver esse fogo dentro de mim, essa vontade de trabalhar, eu não consigo ficar longe”, enfatizou.
Diante de um cenário de mais calmaria, Geninho mostra confiança no acesso do Vitória para a Série B.
“Sobe! Com certeza. Apesar de adorar Salvador, não vim aqui fazer turismo, passear. Vim trabalhar, buscar meus objetivos. Graças a Deus tenho alcançado meus objetivos ultimamente, e espero alcançar mais um. Vamos subir sim”, finalizou.
Confira algumas imagens do treinamento do Vitória
Paulo Carneiro, ex-presidente, critica presidente do Conselho Fiscal do Vitória
Afastado do Vitória por gestão temerária, Paulo Carneiro respondeu as críticas feitas a ele, pelo presidente do Conselho Fiscal do clube, Jailson Reis. Em entrevista ao programa BN Na Bola, da Rádio Salvador FM 92,3, o cartola afirmou que Jailson “desobedeceu o estatuto do clube” e fez questão de “tumultuar o Vitória” para afastá-lo do Leão.
“Minhas contas de 2019 foram aprovadas, assinadas por esse senhor. Levaram ao Conselho Deliberativo e aprovou. O Conselho é julgador, ele aprova e ponto final. Dois anos depois, as contas do Vitória voltam à baila, e aí se reabre as contas. Isso se iniciou com a vaidade do conselheiro fiscal, com a possibilidade de se candidatar a presidente. Ele passou a atuar de forma absolutamente pessoal. O Conselho é composto de seis ou sete membros. Contrariamente ao estatuto do clube, ele passou a personificar nele”, pontuou PC.
Durante sua fala, ele comentou também a negociação com Jordy Caicedo, citada por Jailson, como uma transação que conselheiros alegaram não “compreender totalmente”.
“Vocês ouviram falar que Caicedo foi comprado por 830 mil dólares. Isso está na denúncia do Conselho Fiscal. Tem mais de 670 mil dólares ao empresário do jogador. A Fifa está reclamando por 830 mil dólares. Eu trouxe um documento, do Vitória para a Universidad Católica. O valor é de 1,5 milhão de dólares. Um cara que aceitou uma proposta de 1,5 milhão vai reclamar só 830 mil? O negócio não foi de 830 mil, foi de 1,5 milhão.”
“Só que internamente, entre o agente do jogador e esse clube, eles aceitaram receber 670 mil dólares. Eu paguei com os 3 milhões da Magnum, que entraram no clube, tenho os depósitos, o Vitória gastou 2,8 milhões pra pagar 415 mil, metade dos 830, e 335 mil, que é metade dos 670”, contou o presidente afastado.
“O dinheiro foi do empréstimo. Fez um investimento. O cara, antes de pegar o documento, confiou em mim e deu 3 milhões ao Vitória. Eu tinha prazo de inscrição, e o Vitória precisava muito de um centroavante. Esse negócio foi assim. O que me chateia é que um dia, na minha sala, estava sentado na minha sala Jailson Reis e Fábio Mota, eu disse: como eu estou vendo que vai ter dúvida, eu vou explicar. Expliquei tudo”, disse.
Paulo Carneiro comentou também sobre os “adiantamentos de honorários”, apontados no relatório que o afastou da presidência do clube. “[Isso] Foi objeto de acordo entre os cardeais. Aquelas pessoas que tiveram me apoiando fizeram esse acordo comigo. Não peguei o dinheiro sem saber. Mas eles não assumem. Isso que é feio”, falou.
Por fim, voltou a afirmar que tem certeza de sua inocência. “Eu tenho toda a documentação que comprova a lisura dos meus atos. Estou no Vitória há 20 anos e nunca ninguém colocou em dúvida minha capacidade de gestão”, pontuou.
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