A última rodada da série A do Campeonato Brasileiro nos deu uma informação preciosa sobre o que o Vitória enfrentará ano que vem. Quem deseja subir e estar entre os grandes, precisa aprender com os erros de clubes que passaram grandes sufocos por causa da ausência de palavras como: organização, planejamento e estratégia.
Ítalo Rodrigues aponta que Vitória pode ‘ficar para trás’ no mercado até a reunião de definição do orçamento
Assistindo a derradeira rodada do nacional, vi times que tiveram dinheiro o suficiente para brigarem por libertadores, e acabaram tendo que fugir as pressas da zona de rebaixamento, times que demoraram a arrumar a casa e não se prepararam o suficiente. O Vitória retorna para uma elite totalmente repaginada, onde cifras precisam ser combinadas com estratégias inteligentes na montagem de elenco.
Ao que já percebi, o Vitória deve ter em caixa, uma média de 250 a 300 milhões, somando as cotas de TV da copa do nordeste, da série A, da Copa do Brasil e os patrocínios fortes, com destaque para a polêmica empresa Fatal Model e um pré contrato com a Libra. Não podemos dizer que o Vitória está fraco em termos de valores, Mas precisará saber como preparar o elenco.
Concordo com a permanência das principais peças do elenco de 2023. E acredito que farão uma boa composição com as contrações de ponta da série A. Porém, é preciso evitar um erro cometido inclusive pelo rival aqui de Salvador, pois não houve espertize nas contratações feitas e o demorou muito para retirar o que não estava dando certo. É importante entender que tempo é precioso, e aos primeiros sinais de desacerto, o Vitória precisa ser rápido e debelar as falhas, antes que virem uma crise.
Sobre o técnico Léo Condé, creio que precisará ser avaliado ainda no Baianão. Ele deverá por em campo um time bem alinhado se quiser chegar no Brasileirão com um apoio massivo da torcida e diretoria, e isso implica sim na conquista de um título do primeiro semestre, que pode ser inclusive o Nordestão.
Um dos erros cruciais do Vasco e do rebaixado Santos, foi a falta de harmonia entre torcida, time e diretorias, sendo estas últimas as principais responsáveis por um planejamento inadequado. A dificuldade do Brasileirão é ser um campeonato dinâmico e, nessa situação, o Vitória precisa otimizar seu tempo, e usar o campeonato baiano já como uma forma de solidificação das bases para a série A.
Falando em Campeonato Baiano, Copa do Brasil e do Nordeste, o rubro-negro precisa SIM prioriza-los e montar os melhores esquemas possíveis para assegurar as participações de 2025. É importante que o Vitória tome essa situação da série A como modelo para que em 2024, para que nós não estejamos em maus lençóis, e tenhamos que “comemorar” uma permanência com as “calças na mão”, como alguns clubes fizeram por aí.
O presidente Fábio Mota já estabeleceu uma meta de no Brasileirão estarmos no mínimo entre o 9° e 14° lugar. Uma meta alcançável e mensurável, mas quanto menos o rubro-negro poder correr riscos, melhor, e o mais importante, trabalhar com um clima agradável entre torcida, time, diretoria e funcionários do clube. Essa é a receita do sucesso. SRN para todos, e um excelente final de semana.
Autor: Isaac Alves
A opinião de um artigo assinado não reflete necessariamente a opinião do site, é o ponto de vista exclusivo do autor que elaborou o artigo.
Veja mais notícias do Vitória, acompanhe os jogos, resultados e classificação além da história e títulos do Esporte Clube Vitória.