Na última segunda-feira, o presidente da Torcida Uniformizada Os Imbatíveis, Gabriel Oliveira, esteve no Canal do Dinâmico do repórter Anderson Matos e fez um bate-papo bem franco e direto, que até me surpreendeu positivamente em muitos aspectos. É importante que o torcedor “comum” conheça o outro lado de uma torcida organizada do Vitória e não somente o que vemos na arquibancada e nos noticiários.
Mas o que mais me chamou atenção foi quando ele citou a parte em que os jogadores sabem da importância de ser campeão da Série B para o clube e para a torcida (veja o vídeo abaixo). Eu, por exemplo, por diversas vezes me perguntei se eles tinham noção do que isso significava para nós, principalmente quando os via nas coletivas falando do acesso, sem citar o título.
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Talvez a ansiedade pelo feito, que é totalmente comum por parte do torcedor, não tivesse deixado eu enxergar que esse objetivo na visão do clube tem que ser conquistado passo a passo, jogo a jogo, pensando na primeira meta que é garantir o acesso e só depois em conquistar o campeonato. Jogadores como Zeca (campeão olímpico), Osvaldo, Wellington Nem e Geovanni Augusto (campeões nacionais e internacionais por clubes), por exemplo, poderiam sim não saber o contexto que envolve a possível conquista dessa taça.
A representatividade neste quesito que o presidente da TUI exerce é extremamente importante, pois consegue ter acesso ao complexo do Barradão e passar para os atletas o sentimento da torcida. Há alguns anos, os jogadores do Vitória tinham treinos abertos todas as semanas e eu fui várias vezes, pois era a oportunidade que eu tinha de ver os coletivos, falar com jogadores, técnicos e membros da diretoria, algo que hoje em dia não acontece mais pois os treinos são fechados.
O chamado “oba oba” deve ficar apenas na torcida, pois ainda faltam 8 batalhas e o Vitória não pode oscilar em hipótese alguma. O rubro-negro está próximo de fazer história, mas não ganhou nada ainda, nem mesmo o acesso. É preciso acabar com o “complexo de vira-lata” e passar a acreditar na força da instituição, acreditar que o Vitória é um time grande e que pode sim conquistar um título nacional.
Se Léo Condé fizer o básico nas escalações e substituições, os jogadores permanecerem focados e com os pés no chão, a diretoria continuar cumprindo com suas obrigações rigorosamente como vem acontecendo e a torcida permanecer unida com o Vitória, não tenho dúvidas de que o momento que estamos esperando há décadas vai chegar em novembro.
Autor: Nadson Barbosa, 31 anos | Salvador-BA
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