Opinião: O desequilíbrio emocional do Vitória irrita!

Fim de jogo - Vitória X Jacuipense 2023
Foto: Pietro Carpi / EC Vitória / Divulgação

Mais uma vez o Vitória não consegue segurar um jogo que estava praticamente em suas mãos. O curioso é que, assim que tomou o gol de empate da Jacuipense, veio na mente aquele amargo empate contra o Santa Cruz onde tomamos o gol no último minuto, também no Barradão e também de cabeça. Este resultado contra o time de Riachão do Jacuípe no último domingo deixou o rubro-negro em uma situação complicadíssima para a última rodada, precisando vencer seu jogo contra o Barcelona de Ilhéus em casa e torcer para que o Itabuna não vença o Bahia no estádio Elias Ribeiro. Ainda há a possibilidade de se classificar mesmo caso o Itabuna ganhe, teríamos que torcer para a Jacuipense perder da Juazeirense em Riachão e tirar uma diferença de 3 gols de saldo, mas seria um caminho mais difícil.

É, fazer contas para nos classificar nos últimos anos no “fortíssimo” Campeonato Baiano tem sido rotina para nosso clube nos últimos anos (e sem êxito). Agora, com relação ao atual elenco, a deficiência técnica não é discutível, principalmente quando alguma substituição precisa ser realizada. Depender de nomes como Alisson Santos, Osvaldo e Tréllez no tempo complementar, por exemplo, não nos dá nenhuma perspectiva de melhora em questão de resultados. Além disso, o time “morre” fisicamente no meio do segundo tempo, fazendo com que o adversário proponha o jogo e fatalmente chegue ao gol.

Mas o que eu quero realmente abordar é a falta de equilíbrio emocional que o Vitória tem para definir uma partida ou segurar um placar. Além da tomada errada de decisões no ataque, o sistema defensivo parece ser eternamente desentrosado. A transição defensiva é extremamente lenta e se o adversário tiver pelo menos um ponta veloz, o risco é iminente de tomar um gol. O 3 X 0 contra o Doce Mel, por exemplo, que foi o placar mais elástico que o rubro-negro conseguiu desde maio de 2022 quando venceu o Confiança também por 3 X 0 pela Série C, aconteceu muito mais pela falta de qualidade do time adversário. Os jogadores parecem ter medo de sofrer revés, não se vê brio nas feições deles e nem o sentimento de que é possível ganhar uma partida tranquilamente. Além de trabalho técnico e físico, entre outras melhorias, o trabalho psicológico parece ser necessário para os jogadores. Léo Condé vai ter um trabalho muito maior do que ele imaginava quando veio!

Autor: Nadson dos Santos Barbosa, 30 anos – Salvador/BA

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