2023 nos trouxe uma figura daquelas para a toca do Leão. O que seria mais um técnico fadado a ser demitido com poucos meses de trabalho, virou o piloto dessa decolagem rumo a série A de 2024, e mais, a muito possível conquista de um título nacional inédito. Léo Condé, muitas vezes citado como herói, outras, foi o vilão, foi a peça mais amada e crucificada neste atual time.
Podemos dizer que ele praticamente não teve nenhuma responsabilidade pelas eliminações no nordestão e no baianão. Esses foram campeonatos ligados a João Burse, que deixou o Vitória com uma espécie de base, mal sucedida nos campeonatos regionais, mas que deram a Léo Condé a primeira ferramenta para construção do que estamos vendo hoje. Aos poucos, o time foi se caracterizando, e com a confiança do diretor de futebol e do presidente, o Condelismo foi se firmando.
Aqui nas nossas colunas, eu fui um ferrenho crítico do seu trabalho, e volto a dizer que isso é natural, faz parte do momento e é necessário que hajam críticas, sem ofensas, para que o profissional se sinta motivado a melhorar, e foi assim que aconteceu com o professor Léo Condé, que ouviu os apelos da torcida e corrigiu o time a tempo. Merecidamente, ele se torna um dos técnicos mais bem sucedidos da série B, tendo seu cargo mantido em toda a competição nacional.
São 7 meses de trabalho. Entre seus pontos negativos, posso citar o estilo de jogo muito recuado em dados momentos, que chama o adversário pra cima, e em algumas dessas ocasiões, torna o Vitoria apático, a ponto de não vencer, e também posso citar alguns momentos em que o técnico “inventou” um esquema não interessante, sofreu o revés, e teve de mudar de rota, pegando o caminho mais correto, do que ele já vem trabalhando.
Entre os pontos portes do “Condelismo”, está o trabalho no setor defensivo do Vitória, que tem uma das melhores defesas da série B. Léo deu ao Vitória solidez e segurança dentro da grande área. O ataque, de início, não foi lá das suas especialidades, mas logo, o “Condelismo” começou a preparar os artilheiros de maneira que todos hoje são aptos para entrar em qualquer jogo e substituírem algum titular, com destaque para Léo Gamalho, que deu a volta por cima graças ao trabalho exemplar de Léo Condé.
Não podemos deixar de citar a humildade do professor, que em nenhum momento brigou ou implicou com a torcida. Acolheu os anseios da arquibancada, e devolveu um time que traz alegria para o torcedor e se rende ao “Condelismo”.
Enfim, precisamos “dar a Cézar o que é de Cézar”, dar ao Condelismo as honras de um comandante que pode entrar para a história do leão em pouquíssimas semanas. Encerro por aqui a nossa coluna, e lembrando ao torcedor que é domingo, o dia mais esperado dos últimos 5 anos. O dia do nosso retorno a Elite! Vitória e Juventude, as 19h, no santuário rubro-negro, o Barradão. SRN e até a semana que vem.
Autor: Isaac Alves, baiano e torcedor do Vitória.
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