Viáfara

Nascido em um ambiente impregnado de futebol, Julián Viáfara Quintana, filho do ex-jogador e treinador Ramiro Viáfara Quintana, viu-se imerso no universo do esporte desde cedo. Sua jornada no mundo da bola começou nas escolinhas do Boca Juniors de Cali, onde, inicialmente atacante e zagueiro, encontrou sua verdadeira vocação no gol. Sua adaptação às luvas revelou-se uma decisão acertada, catapultando-o para uma carreira repleta de sucessos e desafios.

A ascensão de Viáfara teve início em 1996, quando atraiu a atenção do Deportes Tolima após impressionar em jogos pelas seleções de base colombianas. No entanto, questões financeiras impediram sua permanência no clube, e ele acabou assinando contrato com o Independiente Medellín. Sua estreia, em agosto de 1996, já demonstrou seu potencial ao defender um pênalti.

O ano de 1998 marcou o início do destaque de Viáfara, consolidando-o como uma promessa do futebol colombiano. Sua trajetória no Independiente Medellín foi marcada por altos e baixos, mas sua habilidade no gol não passou despercebida. Em 1999, a chegada de René Higuita temporariamente o relegou à reserva, mas a dispensa do ídolo colombiano abriu caminho para o retorno triunfante de Viáfara à equipe.

O ano de 2001 trouxe mudanças, e Viáfara, após desentendimentos com o clube, partiu para o América de Cali. Seu percurso neste time foi caracterizado por altos e baixos, sendo muitas vezes afetado por lesões e suspensões do goleiro titular. No entanto, em 2004, ele se firmou como titular, participando de 29 jogos no ano.

Em 2007, Viáfara cruzou fronteiras e chegou ao Brasil para integrar o Atlético Paranaense. Após uma temporada de altos e baixos, ele foi emprestado ao Vitória em 2008. Esta transferência marcaria o início de uma das fases mais gloriosas e inesquecíveis de sua carreira.

No Vitória, Viáfara não era apenas um goleiro. Ele se tornou uma lenda, um ídolo. Sua estreia em 2008, contra o Sport, foi memorável, com defesas espetaculares que conquistaram a torcida. Sua relação com o clube e a torcida evoluiu rapidamente, transformando-o em um ícone do time baiano.

Ao longo dos anos, Viáfara continuou a escrever sua história de sucesso no Vitória. Em 2009, suas atuações decisivas na Copa do Brasil e sua consistência ao longo da temporada o solidificaram como um dos maiores goleiros da história do clube. Sua renovação de contrato em 2009 foi recebida com alegria pelos torcedores, que reconheciam não apenas seu talento, mas também seu compromisso com o time.

O estrangeiro recordista, Viáfara estabeleceu-se como o goleiro que mais vezes defendeu o Vitória, ultrapassando marcas históricas. Sua contribuição não se limitava a defesas impressionantes; ele se tornou goleador, marcando gols cruciais e elevando seu status para além das traves.

No entanto, o ano de 2010 viu o Vitória ser rebaixado, uma situação que Viáfara prometeu reverter. Sua permanência no clube após o rebaixamento demonstrou não apenas sua habilidade no campo, mas também seu compromisso emocional com o time e sua promessa de retornar à Série A.

Infelizmente, o ano de 2011 trouxe desafios e desentendimentos, resultando na dispensa de Viáfara pelo Vitória. Essa decisão não foi bem recebida pelos torcedores, que consideravam o goleiro como um símbolo do clube. Sua despedida, expressa em uma carta emotiva, revelou a conexão profunda que ele havia estabelecido com a Bahia e o Vitória.

Após uma pausa temporária, Viáfara retornou ao futebol colombiano, jogando pelo América de Cali, Patriotas e Deportes Quindío. Seu retorno ao Brasil, em 2015, para jogar pelo Vitória da Conquista, mostrou que sua ligação com o futebol brasileiro ainda estava viva.

Ao longo de sua carreira, Viáfara também teve a oportunidade de representar a seleção colombiana em diversas categorias. Sua convocação para a equipe principal em 1998 e sua participação em competições internacionais.

• Campeonato Colombiano, 2x
• Campeonato Baiano, 2x