Opinião: a grama do vizinho pode parecer mais verde, mas precisamos cuidar da nossa

Foto: Pietro Carpi/EC Vitória

Muito tem se falado nos últimos dias, por parte da imprensa baiana, o quanto de investimento que se fez por parte do rival de Salvador, e infelizmente, até de maneira forçosa, para que se acredite que os investimentos do Vitória não tem poderio de superar o dos demais, porém nesta coluna vou trazer alguns pontos do porquê de pensarmos mais no que pertence a nós e deixarmos de lado a ideia de que só os outros clubes podem fazer bons investimentos.

O estilo do nosso clube nos últimos anos é o de buscar trabalhar com um orçamento bem encaixado. Apesar de tão pouco dinheiro de sobra em caixa, o Vitória já é um verdadeiro milagre por simplesmente conseguir já a um patamar de primeira divisão com esses mesmos poucos recursos.

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A ideia é apostar na inteligência da diretoria de futebol e da rapidez do setor financeiro em fechar contratos com peças promissoras, peças que já temos no elenco com bom futebol para compor uma base, e peças que não vem brilhando nós últimos anos em outros clubes, para vermos uma possibilidade de recuperação do bom futebol desses atletas.

Não tem como estar em uma temporada sem fazer testes, e esses testes precisam acontecer de forma que não se prejudique uma classificação de campeonato. O que vem acontecendo nos últimos anos, é que o Vitória tem utilizado do campeonato baiano como laboratório, mas nesse ano, os experimentos precisam dar certo, e no caso de qualquer falha primária, o técnico Léo Condé precisa agir rápido. Gosto das peças que foram contratadas, a exemplo do equatoriano Castillo, do atacante Everaldo do América Mineiro, e do Jovem Luan, ídolo do Grêmio, e que andava sumido.

Acredito que o Vitória poderia correr atrás de peças tão qualificadas quanto essas e que poderiam formar uma boa composição de Elenco, a exemplo de Alef Manga, do Coritiba, Mastriani, do América Mineiro, e até peças de adversários que subiram junto com o Vitória no ano passado, como Jorginho, do Atlético Goianiense, Felipe Vizeu, do Criciúma, e Nenê, do Juventude. Combinar experiência dos veteranos e vigor dos jovens para a formação de um time de qualidade, mas esse é o meu pensamento. Existem muitas outras possibilidades que a diretoria do Vitória pode e deve trabalhar.

No mais, prefiro não olhar para os 300 milhões dos vizinhos, ou suas estruturas internacionais, afinal, o jogo é no campo. pés no chão e trabalho, sem mídia em cima pressionando, talvez sejam uma ótima receita para o sucesso do time. Fico por aqui, agradecendo desde já aos nossos leitores pela confiança no trabalho e vamos juntos por um 2024 e sucesso. Lembrar que o primeiro jogo do Leão será na quarta feira que vem, dia 17/01 as 19h15, contra a Jacuípense, no estádio Eliel Martins, em Riachão do Jacuípe. Forte abraço e um bom final de semana a todos.

Autor: Isaac Alves, comunicador social do programa Visão Global – Rádio Cruzeiro-BA