Promovido ao elenco profissional do Vitória em 2021, Alisson Santos soma 20 partidas pela equipe principal. O atacante de 19 anos chamou atenção pela velocidade, e teve algumas participações importantes, como o pênalti sofrido contra o Glória, mas ainda não conseguiu balançar as redes. Em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira, Alisson revelou ter recebido uma dica de Geninho para se aproximar do primeiro gol como profissional.
“Desde quando professor Geninho chegou no clube, ele conversou comigo. Pediu para eu ter um pouco mais de calma na tomada de decisão no último terço. O professor Ricardo Silva também me ajuda nos treinamentos de finalização”, contou Alisson, que, no fim de semana, balançou as redes em jogo-treino contra o Five.
“O treinamento é muito importante, espero poder marcar também durante os jogos na Série C. Mas acredito que o gol no treino vai me ajudar a ter confiança”, enfatizou.
A finalização e as tomadas de decisão no “último terço” foram apontados pelo próprio atacante como pontos que ele precisa evoluir. Na hora de destacar os pontos fortes, Alisson Cassiano falou do dribles pelo lado esquerdo do campo.
“O que eu preciso melhorar, acredito que é a finalização e a tomada de decisão ali no último terço. O que eu tenho de melhor, no meu ponto de vista, é o confronto um contra um pelo lado esquerdo na beirada”, ressaltou.
Por fim, Alisson Santos disse se sentir preparado para assumir uma posição no time titular do Vitória. A situação ainda não aconteceu nesta temporada.
“Me sinto muito preparado. Venho trabalhando para isso. Para quando a oportunidade aparecer, poder aproveitar da melhor maneira possível. (…) Busco estar sempre aproveitando as oportunidades. Acredito que quem começar jogando vai estar pronto para dar o melhor”, finalizou.
Coletiva de Alisson Santos, jogador do Vitória
Paulo Carneiro, ex-presidente, critica presidente do Conselho Fiscal do Vitória
Afastado do Vitória por gestão temerária, Paulo Carneiro respondeu as críticas feitas a ele, pelo presidente do Conselho Fiscal do clube, Jailson Reis. Em entrevista ao programa BN Na Bola, da Rádio Salvador FM 92,3, o cartola afirmou que Jailson “desobedeceu o estatuto do clube” e fez questão de “tumultuar o Vitória” para afastá-lo do Leão.
“Minhas contas de 2019 foram aprovadas, assinadas por esse senhor. Levaram ao Conselho Deliberativo e aprovou. O Conselho é julgador, ele aprova e ponto final. Dois anos depois, as contas do Vitória voltam à baila, e aí se reabre as contas. Isso se iniciou com a vaidade do conselheiro fiscal, com a possibilidade de se candidatar a presidente. Ele passou a atuar de forma absolutamente pessoal. O Conselho é composto de seis ou sete membros. Contrariamente ao estatuto do clube, ele passou a personificar nele”, pontuou PC.
Durante sua fala, ele comentou também a negociação com Jordy Caicedo, citada por Jailson, como uma transação que conselheiros alegaram não “compreender totalmente”.
“Vocês ouviram falar que Caicedo foi comprado por 830 mil dólares. Isso está na denúncia do Conselho Fiscal. Tem mais de 670 mil dólares ao empresário do jogador. A Fifa está reclamando por 830 mil dólares. Eu trouxe um documento, do Vitória para a Universidad Católica. O valor é de 1,5 milhão de dólares. Um cara que aceitou uma proposta de 1,5 milhão vai reclamar só 830 mil? O negócio não foi de 830 mil, foi de 1,5 milhão.”
“Só que internamente, entre o agente do jogador e esse clube, eles aceitaram receber 670 mil dólares. Eu paguei com os 3 milhões da Magnum, que entraram no clube, tenho os depósitos, o Vitória gastou 2,8 milhões pra pagar 415 mil, metade dos 830, e 335 mil, que é metade dos 670”, contou o presidente afastado.
“O dinheiro foi do empréstimo. Fez um investimento. O cara, antes de pegar o documento, confiou em mim e deu 3 milhões ao Vitória. Eu tinha prazo de inscrição, e o Vitória precisava muito de um centroavante. Esse negócio foi assim. O que me chateia é que um dia, na minha sala, estava sentado na minha sala Jailson Reis e Fábio Mota, eu disse: como eu estou vendo que vai ter dúvida, eu vou explicar. Expliquei tudo”, disse.
Paulo Carneiro comentou também sobre os “adiantamentos de honorários”, apontados no relatório que o afastou da presidência do clube. “[Isso] Foi objeto de acordo entre os cardeais. Aquelas pessoas que tiveram me apoiando fizeram esse acordo comigo. Não peguei o dinheiro sem saber. Mas eles não assumem. Isso que é feio”, falou.
Por fim, voltou a afirmar que tem certeza de sua inocência. “Eu tenho toda a documentação que comprova a lisura dos meus atos. Estou no Vitória há 20 anos e nunca ninguém colocou em dúvida minha capacidade de gestão”, pontuou.
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