Titular no jogo-treino pelo Vitória, Carlos projeta sequência na Série C: “Trabalhando para isso”

Zagueiro do Vitória quer mais chances na Série C
Zagueiro do Vitória quer mais chances na Série C

O escolhido para a entrevista coletiva do Vitória nesta segunda-feira foi o zagueiro Carlos. O defensor tem apenas um minuto em campo na temporada, mas foi titular no jogo-treino contra o Five, e agora convive com a expectativa de seguir no onze inicial diante do Remo, sábado, quando o Rubro-Negro estreia na Série C do Campeonato Brasileiro.

Dois fatores ajudam a entender o ‘salto’ de Carlos para o time titular. O primeiro é a mudança para um esquema com três zagueiros; o segundo é a saída de Alisson Cassiano. Os acontecimentos das últimas semanas fizeram o jogador ganhar posições dentro do elenco.

“Acredito que as oportunidades são dadas para quem trabalha, e eu venho trabalhando forte desde a pré-temporada justamente para quando ela chegar, eu estar preparado. (…) Eu creio que, independente da concorrência, o trabalho continua o mesmo. O foco é o mesmo. Tirar o Vitória da Série C. O Vitória não merece estar lá”, disse.

Aos 21 anos, Carlos ainda tenta se firmar entre os profissionais. O defensor frequenta a Toca do Leão desde os dez anos, conquistou muitos títulos na base, e há algumas temporadas é apontado como um zagueiro promissor para compor o elenco profissional.

“Acho que toda oportunidade que é dada, é um novo começo. A gente tem que agarrar essas chances. Tenho uma vida aqui no Vitória, cheguei aqui com dez anos. Se eu não me engano, sou o jogador do elenco com mais tempo de casa. Aprendi a amar esse clube. Sou muito grato ao Vitória por tudo”, afirmou.

Além da partida deste ano, contra o Castanhal, quando entrou em campo no minuto final, os outros cinco jogos foram disputadas em 2020. Em outubro daquele ano Carlos foi emprestado ao Palmeiras, mas atuou apenas pelo time sub-20 do Alviverde. O zagueiro retornou para o Vitória em fevereiro de 2021.

“Serviu de experiência, né? Tudo que nos agrega na carreira profissional é bom. Aprendi coisas lá que vou levar para o resto da vida”, finalizou.

Coletiva de Carlos, zagueiro do Vitória

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Paulo Carneiro, ex-presidente, critica presidente do Conselho Fiscal do Vitória; Veja o que ele falou

Afastado do Vitória por gestão temerária, Paulo Carneiro respondeu as críticas feitas a ele, pelo presidente do Conselho Fiscal do clube, Jailson Reis. Em entrevista ao programa BN Na Bola, da Rádio Salvador FM 92,3, o cartola afirmou que Jailson “desobedeceu o estatuto do clube” e fez questão de “tumultuar o Vitória” para afastá-lo do Leão.

“Minhas contas de 2019 foram aprovadas, assinadas por esse senhor. Levaram ao Conselho Deliberativo e aprovou. O Conselho é julgador, ele aprova e ponto final. Dois anos depois, as contas do Vitória voltam à baila, e aí se reabre as contas. Isso se iniciou com a vaidade do conselheiro fiscal, com a possibilidade de se candidatar a presidente. Ele passou a atuar de forma absolutamente pessoal. O Conselho é composto de seis ou sete membros. Contrariamente ao estatuto do clube, ele passou a personificar nele”, pontuou PC.

Durante sua fala, ele comentou também a negociação com Jordy Caicedo, citada por Jailson, como uma transação que conselheiros alegaram não “compreender totalmente”.

“Vocês ouviram falar que Caicedo foi comprado por 830 mil dólares. Isso está na denúncia do Conselho Fiscal. Tem mais de 670 mil dólares ao empresário do jogador. A Fifa está reclamando por 830 mil dólares. Eu trouxe um documento, do Vitória para a Universidad Católica. O valor é de 1,5 milhão de dólares. Um cara que aceitou uma proposta de 1,5 milhão vai reclamar só 830 mil? O negócio não foi de 830 mil, foi de 1,5 milhão.”

“Só que internamente, entre o agente do jogador e esse clube, eles aceitaram receber 670 mil dólares. Eu paguei com os 3 milhões da Magnum, que entraram no clube, tenho os depósitos, o Vitória gastou 2,8 milhões pra pagar 415 mil, metade dos 830, e 335 mil, que é metade dos 670”, contou o presidente afastado.

“O dinheiro foi do empréstimo. Fez um investimento. O cara, antes de pegar o documento, confiou em mim e deu 3 milhões ao Vitória. Eu tinha prazo de inscrição, e o Vitória precisava muito de um centroavante. Esse negócio foi assim. O que me chateia é que um dia, na minha sala, estava sentado na minha sala Jailson Reis e Fábio Mota, eu disse: como eu estou vendo que vai ter dúvida, eu vou explicar. Expliquei tudo”, disse.

Paulo Carneiro comentou também sobre os “adiantamentos de honorários”, apontados no relatório que o afastou da presidência do clube. “[Isso] Foi objeto de acordo entre os cardeais. Aquelas pessoas que tiveram me apoiando fizeram esse acordo comigo. Não peguei o dinheiro sem saber. Mas eles não assumem. Isso que é feio”, falou.

Por fim, voltou a afirmar que tem certeza de sua inocência. “Eu tenho toda a documentação que comprova a lisura dos meus atos. Estou no Vitória há 20 anos e nunca ninguém colocou em dúvida minha capacidade de gestão”, pontuou.