Opinião: O Vitória de Fábio Carille: do desespero à esperança

Fábio Carille comanda o primeiro treino pelo Vitória — Foto: Victor Ferreira / EC Vitória
Fábio Carille comanda o primeiro treino pelo Vitória — Foto: Victor Ferreira / EC Vitória

A chegada de Fábio Carille ao comando técnico do Vitória representou muito mais do que uma simples troca de treinador. Foi um ponto de virada. Um respiro para um clube que, até então, parecia preso ao drama constante da zona de rebaixamento,

Além disso, a instabilidade de um elenco que não conseguia entregar dentro de campo o mínimo necessário para competir com dignidade na Série A. Desde que Carille assumiu, o Vitória passou a apresentar sinais claros de evolução.

Carille comanda treino do Vitória (Foto: Victor Ferreira / EC Vitória)
Carille comanda treino do Vitória (Foto: Victor Ferreira / EC Vitória)

A equipe se mostra mais organizada taticamente, mais consciente das suas limitações, e, ao mesmo tempo, mais confiante no que pode produzir. Não é à toa que os últimos resultados indicam um time em curva ascendente — algo raro nos primeiros meses de campeonato.

Carille impôs seu estilo: um time compacto, com marcação forte, que sabe sofrer quando precisa, mas que também demonstra coragem para jogar. A defesa, antes vulnerável, passou a ter mais solidez, e o meio-campo ganhou equilíbrio.

Mais do que isso, os atletas passaram a comprar a ideia. E quando isso acontece, a tendência é de crescimento. Claro que a luta contra o rebaixamento ainda não acabou. O campeonato é longo e traiçoeiro.

Vitória vence o RB Bragantino
Vitória vence o RB Bragantino

Mas hoje, ao contrário do que se via nas rodadas iniciais, o torcedor do Vitória tem motivos para acreditar. A permanência na Série A já não parece um sonho distante — e, mais do que isso, o time começa a olhar para cima na tabela com uma ambição silenciosa, mas legítima.

A grande missão de Carille agora é manter essa consistência. Fazer com que o Vitória continue sendo um time difícil de ser batido, e que aproveite os confrontos diretos para se consolidar no meio da tabela.

Se isso acontecer, por que não sonhar com algo mais? Uma Sul-Americana, por exemplo, seria um prêmio justo para um clube que apostou na reconstrução em pleno campeonato.

O Vitória ainda está longe de ser um time pronto. Mas com Carille, ao menos, encontrou um rumo. E em um campeonato tão equilibrado como o Brasileirão, isso já é meio caminho andado.