Após protagonizar dois duelos sem gols diante do líder do grupo ABC, o Vitória reestabelece seu foco para seu próximo compromisso pela segunda fase da Série C, precisando encarar o Figueirense, em pleno Barradão, às 16h, no próximo domingo (18), para manter vivas as chances de conquistar o acesso à Série B do ano que vem. Em meio a esse processo, porém, a torcida do Rubro Negro foi alvo de uma ação por parte do Ministério Público do estado, que pretende afastar os grupos organizados de todos os eventos esportivos realizados no país.
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De acordo com o que foi reportado pelo portal Globo Esporte, o Ministério Público da Bahia foi responsável por protocolar, através da promotora de Justiça Thelma Leal, uma ação civil pública contra as torcidas organizadas de Vitória e Bahia, que requer o afastamento dos grupos de qualquer evento esportivo sediado no país por dois anos. A medida foi tomada por conta de um episódio de violência entre as torcidas TUI e Bamor no início do mês, no bairro São Caetano, que deixou três pessoas feridas e levou 54 indivíduos à Central de Flagrantes, com dois sendo presos por tentativa de homicídio.
Adicionando à punição, o MP-BA também requisitou a proibição dos sócios de tais organizadas de frequentarem o entorno de eventos esportivos, em um raio de cinco mil metros, trajando elementos que os identifiquem como parte do grupo da torcida organizada. Por fim, o Ministério Público ainda solicitou o fechamento da sede da Bamor para a realização de eventos em dias de jogo do Bahia por um ano, bem como o fechamento da sede da TUI dois dias antes de qualquer evento protagonizado pelo Vitória enquanto a punição esteja valendo, com o intuito de impedir a aglomeração de associados e a realização de eventos.
Confira abaixo a nota do Ministério Público na íntegra:
O Ministério Público estadual, por meio da promotora de Justiça Thelma Leal, ajuizou hoje, dia 12, ação civil pública contra as torcidas organizadas Bamor, do Esporte Clube Bahia, e Torcida Organizada Os Imbatíveis (TUI), do Esporte Clube Vitória, requerendo que a Justiça determine o afastamento das mesmas dos locais onde se realizam eventos esportivos, em todo o país, pelo prazo de dois anos. Na ação, o MP requer também que a Justiça impeça que todos os associados membros das torcidas frequentem e compareçam aos referidos eventos e seu entorno em um raio de cinco mil metros, portando ou se utilizando de elementos identificativos, indumentárias ou acessórios, desenhos ou outros signos representativos, tais como camisas, blusas, bonés, calções e faixas que possam identificá-los nesses eventos, assim como de venderem material das torcidas. Será realizada entrevista coletiva nesta segunda-feira, dia 12, às 15h, na sede do MP no bairro de Nazaré.
Segundo a promotora de Justiça Thelma Leal, “por meio de notícias divulgadas pela imprensa, bem como, por comunicação do Batalhão Especializado de Policiamento em Eventos (BEPE), chegou ao nosso conhecimento a prática de atos de violência generalizada e tumulto entre membros das torcidas Bamor e Tui no dia 4 deste mês, nas proximidades do Largo do Argeral, bairro de São Caetano, em Salvador”, afirmou.
Ela complementou que em vídeos que circulam nas redes sociais, e juntados aos autos, é possível ver dezenas de torcedores com uniformes da Torcida Uniformizada Os Imbatíveis andando pelas ruas ao som de rojões. Um deles exibe um soqueira inglesa, um tipo de arma branca feita de metal, que encaixa nos dedos para potencializar os ferimentos durante o soco, e profere palavras de ordem, como se convocando a multidão para briga.
Em outro vídeo, pessoas com uniformes da Torcida Uniformizada Os Imbatíveis e da Bamor, estes em menor número, enfrentam-se, em agressões mútuas.
“Em outra cena de extrema violência, durante a confusão de envolvidos, um carro dá ré e intencionalmente atinge parte das pessoas que estavam na pista, causando lesões corporais”, ressaltou a promotora de Justiça. Na ação, o MP requer ainda o fechamento da sede da acionada Bamor para realização de eventos e concentração de torcedores, ainda que sem utilizar os elementos identificativos da torcida, nos dias de jogos do time respectivo, pelo prazo de um ano; e o fechamento da sede da acionada Tui para realização de eventos e concentração de torcedores nos dois dias que antecedem os jogos do time respectivo, enquanto durar a suspensão deferida pela Justiça.
Além disso, a torcida Tui Imbatíveis terá que publicar em suas redes sociais oficiais o motivo da suspensão, ou seja, a decisão da Justiça, na véspera de cada partida que o respectivo time disputar, durante o tempo que durar a suspensão. “As torcidas organizadas descumpriram as normas do Estatuto do Torcedor e do Código de Defesa do Consumidor, e ignoraram o acordo extrajudicial que prevê especificadamente medidas para prevenção e punição à violência, tumulto e práticas ilícitas, dentro e fora dos estádios, firmado com o MP em janeiro de 2011 e atualizado em 2014”, destacou a promotora de Justiça Thelma Leal. Caso os pedidos sejam descumpridos pelas torcidas, o MP pediu a fixação de multa diária de R$ 5 mil.
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Após protagonizar dois duelos sem gols diante do líder do grupo ABC, o Vitória reestabelece seu foco para seu próximo compromisso pela segunda fase da Série C, precisando encarar o Figueirense, em pleno Barradão, às 16h, no próximo domingo (18), para manter vivas as chances de conquistar o acesso à Série B do ano que vem.
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