O Vitória pode mudar em breve o rumo de sua política de direitos de transmissão. O presidente Fábio Mota revelou que o clube encaminhou ao Conselho Deliberativo uma proposta de investidores ligados à Liga Forte União (LFU) para a venda de parte dos direitos a partir de 2029, ano em que termina o contrato atual com a Libra.
De acordo com o dirigente, a negociação não é uma escolha, mas sim uma necessidade. O objetivo é adiantar receitas para manter em dia os parcelamentos de dívidas antigas, principalmente de caráter tributário.
“Nós não temos outra alternativa. Precisamos vender para pagar os parcelamentos das dívidas e não aumentar o passivo do clube”, afirmou Mota em entrevista à Rádio Sociedade.

Segundo o presidente, quando assumiu, o Rubro-Negro acumulava quase R$ 200 milhões em débitos tributários. Após negociações, o montante caiu praticamente pela metade, mas a manutenção dos acordos é vital para que a dívida não retorne ao valor original.
“Se você deixa de pagar esses parcelamentos, perde todos os benefícios. A dívida volta para os valores iniciais. Isso seria uma catástrofe para o Vitória”, alertou.
Futuro na televisão
Hoje, o contrato com a Libra garante ao clube recursos até janeiro de 2026. Porém, o dirigente admite que a LFU oferece um cenário mais vantajoso no médio e longo prazo.
“A partir de 2029, o contrato da LFU é muito melhor. Eles conseguiram negociar um pacote de televisão superior, com expectativa de 35% a mais em receitas. É uma oportunidade que o Vitória não pode ignorar”, projetou.
Enquanto trabalha para equilibrar as finanças, o Vitória vive um momento complicado dentro de campo. O time ocupa a 17ª posição do Campeonato Brasileiro e volta a jogar no sábado, contra o Fortaleza, em confronto direto entre equipes que brigam para deixar a zona de rebaixamento.

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