O empate com o Palmeiras, no último domingo, evidenciou novamente o principal problema defensivo do Vitória na temporada: as bolas aéreas. Depois de abrir 2 a 0 no Barradão, o Leão sofreu o empate em uma cabeçada de Flaco López, aos 41 minutos do segundo tempo, e ampliou uma estatística nada agradável: é o time que proporcionalmente mais sofre gols dessa forma na Série A.

De acordo com levantamento do Gato Mestre, 14 dos 20 gols sofridos pelo Vitória no Campeonato Brasileiro nasceram de jogadas pelo alto — uma impressionante marca de 70%, a maior entre os 20 clubes da elite.
A metodologia considera lances em que a bola viaje pelo alto, como cruzamentos, lançamentos e levantamentos, ainda que não necessariamente resultem em assistência direta. No lance do empate contra o Palmeiras, Zé Marcos estava sozinho entre Facundo Torres e Flaco López, que testou firme para o fundo das redes.
Ao longo da partida, o Rubro-Negro sofreu nove finalizações de dentro da área, sendo três delas após os 35 minutos do segundo tempo, quando o técnico Fábio Carille optou por reforçar a defesa com três zagueiros. Desde que assumiu o comando na 13ª rodada, Carille tem convivido com o problema.
Dos seis gols sofridos sob seu comando, quatro foram em bolas aéreas (67%), índice praticamente idêntico ao geral da equipe. A dificuldade já havia aparecido em sua estreia, contra o Internacional, quando Bruno Tabata marcou após um cruzamento mal afastado por Baralhas.
Depois de dois jogos sem sofrer gols, o Vitória voltou a ser vazado duas vezes pelo alto contra o Sport e, mais recentemente, pelo Palmeiras. O padrão se repete especialmente quando o time recua suas linhas.
Tanto contra o Bragantino quanto diante do Palmeiras, o Leão foi constantemente ameaçado no jogo aéreo ao optar por uma postura mais defensiva. A diferença é que, diante do time paulista do interior, a vantagem foi mantida; já contra o atual campeão brasileiro, o empate foi inevitável.

Média de gols sofridos em bolas aéreas
Time | Gols sofridos | Gols sofridos em bolas aéreas | Média |
Vitória | 20 | 14 | 70% |
Ceará | 17 | 11 | 65% |
Sport | 25 | 16 | 64% |
Mirassol | 16 | 10 | 63% |
Vasco | 23 | 14 | 61% |
Fluminense | 20 | 12 | 60% |
Bragantino | 22 | 13 | 59% |
Atlético-MG | 17 | 10 | 59% |
Cruzeiro | 11 | 6 | 55% |
Bahia | 13 | 7 | 54% |
Grêmio | 23 | 12 | 52% |
Botafogo | 10 | 5 | 50% |
Corinthians | 21 | 10 | 48% |
Internacional | 22 | 10 | 45% |
Flamengo | 7 | 3 | 43% |
Palmeiras | 14 | 6 | 43% |
Juventude | 32 | 12 | 38% |
Fortaleza | 24 | 8 | 33% |
São Paulo | 20 | 6 | 30% |
Santos | 21 | 5 | 24% |
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