Paulo Analista manda a real sobre situação do Vitória: “Momento é de mudança de rota total”

Durante a edição do programa BN na Bola, os comentaristas Paulo Analista, do canal Canto Rubro-Negro, e Marinho Júnior, do Canal do Puco, discutiram os impactos da paralisação do Campeonato Brasileiro para Bahia e Vitória.

Na visão de Paulo, o momento vivido pelo Rubro-Negro baiano exige uma virada de chave urgente: “É, sim, um momento de mudança. De mudança de rota total”, afirmou o comentarista, ao analisar o desempenho do Vitória nas competições disputadas até aqui em 2024.

Segundo ele, embora o time tenha vivido uma sequência invicta no primeiro semestre, os mesmos problemas persistem desde o início da temporada: “A invencibilidade mascarou algumas falhas. O torcedor acompanhava Copa do Nordeste, Copa do Brasil, Série A… e não enxergava evolução clara no time”, disse.

Para Paulo, a paralisação no calendário foi um respiro necessário, oferecendo ao clube a chance de reavaliar sua trajetória: “Contra Bahia de Feira, Ferroviária, Sousa… o Vitória já enfrentava dificuldades. E quando a exigência aumentou, como no Brasileirão e na Sul-Americana, os defeitos se escancararam ainda mais.”

O analista também traçou um paralelo entre o Vitória e clubes da elite nacional, ressaltando o abismo financeiro que separa os times da parte de cima da tabela. Ele citou o Fluminense como exemplo de equipe que, em 2023, ainda dividia cenário com o Vitória e agora colhe frutos de investimentos.

“O Flu esteve abaixo do Vitória no ano passado. Hoje, com os prêmios conquistados e a força financeira que ganhou, tende a crescer ainda mais com a janela de transferências”, avaliou.

Além do Vitória, Paulo fez previsões pouco otimistas para outras camisas tradicionais do futebol brasileiro. “Para mim, o Inter está virtualmente na zona. E o Santos, sinceramente, acho que volta para a Série B. As contratações dessa janela não animam.”

Ao final, ele reforçou o sinal de alerta no Barradão. Segundo Paulo, os números do Vitória nesta temporada são inferiores aos de 2023, quando a equipe precisou de uma reação quase perfeita no segundo turno para escapar da degola.

“Se não houver uma mudança estrutural e de postura, o risco de rebaixamento volta a ser real.”