Fábio Mota revela! Vitória reduz dívida em mais de R$ 150 milhões, mas ainda precisa de receita para manter acordos

Fábio Mota, Vitória
Fábio Mota, Vitória

O presidente do Vitória, Fábio Mota, apresentou um panorama atualizado da situação financeira do clube. Em coletiva, o dirigente detalhou a posição consolidada das dívidas até setembro de 2025 e ressaltou os avanços obtidos desde que assumiu a gestão, em 2021.

Na época, o passivo rubro-negro alcançava R$ 361,4 milhões. Após renegociações com Receita Federal, Justiça do Trabalho, Banco Central, Prefeitura de Salvador, instituições financeiras e atletas, o valor foi reduzido para R$ 274,9 milhões.

Do total já negociado, o clube quitou R$ 99,7 milhões – o equivalente a 36% –, restando ainda R$ 203,4 milhões em aberto até julho deste ano. Entre os acordos mais relevantes, o PERSE, que representava R$ 154,3 milhões, caiu para R$ 91,3 milhões.

Outros exemplos incluem a dívida com a Prefeitura de Salvador, que passou de R$ 30,2 milhões para R$ 14,1 milhões, e a com o Banco Daycoval, que foi reduzida de R$ 25 milhões para R$ 12,9 milhões.

No total, a redução global obtida chega a R$ 158 milhões, o que representa 44% de queda em relação ao montante original. Atualmente, o Vitória arca com uma parcela mensal de R$ 4,135 milhões para manter os parcelamentos em dia.

Desafios e riscos

Apesar da melhora nos números, Fábio Mota reforçou que a situação exige atenção permanente. Segundo ele, qualquer atraso nos pagamentos pode anular os descontos conquistados e recolocar o clube em uma condição ainda mais delicada.

“Se não tivermos receita extra, teremos que escolher entre pagar salários ou parcelas, e isso seria desastroso para o clube”, alertou.

Um dos exemplos é o PERSE: caso o Vitória deixe de honrar o compromisso, a dívida voltaria de R$ 91 milhões para R$ 154 milhões.

Fábio Mota | Foto: Victor Ferreira / ECV

Caminho para o equilíbrio

O dirigente destacou ainda a importância da migração da Libra para a Liga Forte União (LFU), que prevê a venda de 15% dos direitos de TV. Segundo Mota, esse movimento será fundamental para garantir fluxo de caixa e assegurar a continuidade dos pagamentos.

“Não se trata apenas de reduzir dívida, mas de manter a regularidade. Só assim o Vitória terá condições de crescer dentro e fora de campo”, concluiu.