O Vitória confirmou a efetivação de Rodrigo Chagas como técnico do time principal. A decisão, que surge como nova esperança para evitar o rebaixamento na Série A, é a primeira solução caseira adotada na gestão de Fábio Mota, iniciada em 2021.
Mas, na história recente do clube, o recurso está longe de ser novidade. Desde 2010, o Rubro-Negro já recorreu a treinadores “da casa” em sete oportunidades – com resultados variados.

O “bombeiro” Ricardo Silva (2010 e 2012)
O nome mais marcante dessa lista é Ricardo Silva, que ganhou fama de “bombeiro” ao assumir o Vitória em diferentes momentos.
- Janeiro de 2010 – Depois de ser auxiliar de Vágner Mancini, foi efetivado como técnico principal. Fez 63 jogos, conquistou 36 vitórias e levou o time à final da Copa do Brasil, além de garantir o tetracampeonato baiano.
- Setembro de 2010 – Voltou ao cargo um mês após ser substituído, mas não resistiu a quatro derrotas seguidas. O time terminou rebaixado naquele Brasileirão.
- 2012 – Efetivado após a saída de Paulo César Carpegiani, durou apenas três jogos na Série B antes de ser substituído por Paulo César Gusmão, que garantiu o acesso.
Carlos Amadeu (2019)
Ex-treinador da Seleção Sub-20, Carlos Amadeu assumiu o Rubro-Negro durante a Série B. Pegou a equipe na zona de rebaixamento e conseguiu tirar o time do sufoco, terminando em 12º lugar. Em nove jogos, obteve três vitórias, quatro empates e duas derrotas, mas acabou substituído por Geninho.
Bruno Pivetti (2020)
Chegou ao clube em 2019 como coordenador da base e assumiu o time principal após a saída de Geninho, em plena Série B de 2020. Foram 19 jogos, com apenas quatro vitórias, nove empates e seis derrotas. Ele foi demitido com 36,8% de aproveitamento.
Rodrigo Chagas (2020-2021)
Técnico do sub-20, Rodrigo foi chamado como interino após a saída de Eduardo Barroca. Com bons resultados, acabou efetivado e ajudou a evitar o rebaixamento para a Série C em 2020.
No entanto, em 2021, não conseguiu engrenar e caiu após eliminações no Baianão e na Copa do Nordeste, além de um início ruim na Série B.

Rodrigo Chagas em 2025: nova missão
Agora, Rodrigo retorna ao comando em um momento delicado. O Vitória vive uma temporada de grandes decepções, como a goleada de 8 a 0 sofrida para o Flamengo, além das eliminações precoces na Copa do Brasil, Copa do Nordeste e Copa Sul-Americana.
Ele é o terceiro treinador rubro-negro em 2025, após as passagens de Thiago Carpini e Fábio Carille. A estreia, no entanto, animou a torcida: vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-MG. O desafio, porém, continua enorme.
O Leão ocupa a 17ª posição da Série A, abrindo a zona de rebaixamento com 22 pontos – e um jogo a mais que o Santos, primeiro time fora do Z-4. Restam 16 rodadas para saber se a solução caseira repetirá a sina de Ricardo Silva e outros nomes, ou se conseguirá livrar o Rubro-Negro de um novo rebaixamento.
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