Em workshop, especialista é claro sobre modelo de SAF que o Vitória quer até então: “Muito pouco provável”

Foto: Victor Ferreira / ECV

O Vitória promoveu um workshop na noite da última segunda-feira (04) para o início das discussões sobre o modelo de SAF que poderá ser adotado pelo clube. Ao que tudo indica, a ideia inicial da diretoria, através do presidente Fábio Mota, seria adotar o modelo semelhante ao do Fortaleza, que possui a discriminação de 51% para a associação e 49% para a SAF. Com um ano de criação, até o momento, o time cearense ainda não acertou a venda de parte ou do todo que é destinado à sua Sociedade Anônima do Futebol (SAF).

A palestra foi realizada pelos membros da CSMV Advogados, empresa especializada no assunto e que já deu andamento em processos de SAF para outros clubes do futebol brasileiro e também contou com membros dos conselhos do clube. André Carvalho Sica, especializado em Direito Desportivo, foi perguntado sobre o modelo que o clube teria interesse em adotar até o momento e foi bem claro na sua resposta.

Foto: Victor Ferreira / ECV

“Pode negociar a governança e pode decidir como funciona os órgãos de controle e deliberação dentro de uma SAF. Por exemplo, ter um conselho de administração com 3 componentes do investidor de um lado e 2 da associação de outro. Enfim, esse tema é livre e é negociável”, falou o advogado, que concluiu a resposta dando a entender que dificilmente alguma empresa investiria no clube sem assumir a gestão do futebol.

Foto: Victor Ferreira / ECV

Mas sendo bastante honesto com vocês: o clube recebendo a oferta de um investidor e, principalmente, um investidor acostumado com fazer futebol estratégico, é muito pouco provável que ele não queira fazer a gestão do futebol ou queira fazer a gestão dos ativos. Obviamente, pode-se reduzir isso e mudar a liberdade que ele faça a gestão, mas se ele for majoritário, a tendência dele querer controlar a gestão é muito grande. Já se ele for minoritário, o clube pode querer manter o próprio controle, mas terá uma atratividade menor para ter investidores deste porte“, finalizou o especialista.

Foto: Victor Ferreira / ECV

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